Vizita
No meu porão existem coisas
Inomináveis,inatingiveis, vertiginosas
Só desco ali quando jogado ou levado
Prefiroo de mãos dadas,não abandonado
Mesmo com a confiança dos dedos trançados
Ovazio no peito, o medo na mente
Pulsam na veia, é uma sala cheia de teia
Acende a luz,por favor
Ela nao ilumina, não adianta
Nem mesmo a vela o frio abranda
E lá dentro mesmo forte, sou abatido
Numa pulsão de morte
Dali, saio mais uma vez
Não derrotado ou vencido
Foi uma excursão com sentido
E volto, em breve, numa proxima lucidez.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Pouso.
Busco meu canto no canto dos outros
Me conforto intimamente no que não me pertence
Faço dos músculos raízes
Que me prendem fixo nesse solo
Casa que não tenho
Porta que não abre
Janela que não fecha
Luz apagada, relento
Porei pedra sobre pedra
Farei base no firme
Telhado forte que não vibre
E, ali na janela pousará já,
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